Abertura do Salão Central

Dizia uma velha formiga sentada na Praça do Giraldo "Que bom que são as eleições, parece que a cidade renasce, que as obras vão crescer todas...". É assim que funciona nestes ultimos anos, nestes ultimos 8 anos as promessas multiplicaram-se, tornaram-se mais que muitas, mas cumpri-las não passou pelos Paços do concelho.
O ultimo golpe de mestre aconteceu dia 6 de Outubro, cinco dias antes das eleições, depois de 8 anos em que o Salão Central figurou em dois programas eleitorais do Partido Socialista, depois de se anunciar pomposamente na (dispendiosa) revista da CME que seria em Agosto que as obras começariam, finalmente foi anunciada que será daqui a 12 meses que o salão central irá abrir. As formigas não gostam que se esqueçam das promessas e decidiu contar esse tempo, faltam:

Created by OnePlusYou

Não podemos parar!



Formigas ao trabalho!!

Temos que AGIR!

Não temos tempo a perder!

Cada um de nós tem os seus direitos e deve saber conquistá-los.

Mesmo que tudo pareça difícil de alcançar,
Mesmo que tudo pareça ser da responsabilidade de outros,
Há sempre coisas a fazer, direitos a reivindicar, objectivos a defender.
Não podemos ser passivos e viver uma vida que nos é imposta,
Todos temos o direito de encontrar alternativas.
Há que saber viver num colectivo, não esquecendo as singularidades de cada um,
Por isso não devemos esperar que resolvam por nós, que decidam por nós!

Devemos saber o que queremos!

Devemos ter consciência das coisas e não deixar que elas nos passem totalmente ao lado.
Todos temos o direito e o dever de opinar sobre o rumo das políticas que governam o mundo, o país e a cidade onde vivemos.
O nosso voto é importante, pode parecer insignificante, pode parecer inútil, mas é a nossa escolha!
O voto de cada um de nós tem exactamente o mesmo peso que o voto de qualquer outra pessoa, seja qual for a sua situação social, económica ou política.

Não temos tempo a perder!

Temos que Agir!

Temos que ter consciência política!

Pois só assim podemos contribuir para o desenvolvimento do nosso país, do nosso concelho, da nossa cidade, do nosso bairro.

Não devemos deixar para os outros todas as decisões e responsabilidades.
Se temos deveres que somos obrigados a cumprir, não devemos negar os nossos direitos.

Não negues o direito ao voto!
Defende as tuas convicções!
Age, implica-te!

No próximo dia 11 de Outubro vai VOTAR, SÓ FICAS A GANHAR!

Interesse na Cultura, ou a cultura de interesses.




Chegar a Agosto, e que se faz? É dúvida que muitos jovens e menos jovens, habitantes ou visitantes de Évora se fazem nesta altura. Numa cidade Património Mundial, os monumentos não podem ser a única atracção turística. É necessário agarrar temporariamente os turistas, e isso só se consegue se o Património Monumental for suportado por uma animação cultural dinâmica e atractiva. Suportar toda a animação nocturna em bares, muitos deles idênticos entre si, sem qualquer novidade ou modernidade, ouvindo a musica de sempre em alienações repetidas faz apenas com que se afastem turistas e habitantes que acabam por procurar alternativas que ofereçam propostas culturais.
Nos últimos anos na cidade temos visto uma fuga de bichos papões, o medo de uma praça cheia de gente, a ter acesso livre e gratuito a concertos, teatro ou dança, tem assombrado o poder local, e tem feito perder aos cidadãos qualidade de vida. É necessário devolver vida ao Centro histórico, conseguindo dinamizar ao mesmo tempo o comércio tradicional, trabalhando em parceria com associações culturais, criando uma dinâmica cultural de acesso comum, só assim se pode fazer do centro histórico isso mesmo, um centro de encontros, de animação, só assim se pode devolver a cidade aos seus cidadãos, só assim se pode criar uma vontade de voltar aos seus visitantes. Mas é preciso também lembrar-nos do resto do ano, a cultura da cidade não pode ser esquecida, a cultura dos agentes locais não pode ser ignorada. É preciso tratar todas as associações e agentes culturais por igual, os interesses de um executivo camarário não podem, como tem sido feito, ser posto à frente dos interesses dos munícipes. O apoio a associações e agentes culturais tem de ser oferecido com os mesmo critérios a todos eles, atribuídos a tempo e horas, não só em palavras, mas também em numerário, só assim é possível às associações e agentes culturais fazerem o seu trabalho condignamente, oferecendo a sua cultura à cidade. As associações culturais, de carácter amador ou profissional, as bandas de garagem, os pintores e escultores da cidade devem ser defendidos pela câmara, sendo apoiados em espaços de ensaios, apoios a novas produções, a concertos, a gravações de maquetes, a exposições, só assim é possível criar cultura e até exportar cultura.
Dizia Aristóteles que a diferença entre um ser humano culto e um ser humano inculto é a mesma entre que um ser humano vivo ou morto, eu arrisco-me a dizer que a diferença entre uma cidade com cultura e uma cidade sem cultura é a diferença entre uma cidade viva, ou morta.

Cartaz Cultural Évora 2009

ÉvorAgir

Vamos lá fazer qualquer coisa! É esse o espírito no ÉvorAgir. Fazer algo, fazer mais. Esquecer a inércia que se assombrou nos últimos anos na cidade, esquecer os braços cruzados na praça, esquecer o encolher dos ombros. Meter mãos à obra.

Junta-se assim meia-duzia de pessoas, das mais diversas áreas e até idades. Junta-se assim gente que quer mais desta cidade que os viu nascer, ou que apenas os acolheu um dia. Gente que se lembra de outra Évora, e gente que apesar de não se lembrar, quer outra Évora. Gente que quer que isto seja melhor.

Assim, ÉvorAgir somos nós, vocês, todos os que adoptaram esta cidade como sua. São aqueles que querendo sentir-lhe o peso da história a querem sentir aberta à vida, aberta a propostas diversas que promovam com alguma periodicidade, eventos que nos façam sentir vivos entre muralhas; fazendo dos espaços históricos, palcos de inovação, que tornem Évora numa cidade dinâmica, VIVA.

EVORAGIR resulta de um conjunto de ideias que foram ganhando forma e que surgiram, numa primeira fase, no decorrer de conversas informais e na troca de opiniões e de indignações que se foram partilhando…


No resultado desses encontros surgiram afinidades, haviam coisas para dizer, havia vontade de comunicar, de partilhar, de criar, enfim… de AGITAR!!!

E porque não? Se tenho coisas para dizer porque não partilhá-las com os outros, se me sinto indignado e percebo que não sou o único, tenho mais é que me fazer ouvir! Só assim é que se agitam marés e se constroem novos caminhos…

Começa assim a nascer um grupo, de gente que quer fazer qualquer coisa. Um grupo de gente que quer agitar, que quer mudar. Um grupo gente que precisa de mais gente, gente de qualquer área, de qualquer idade, gente que quer o mesmo que nós, quer reclamar Évora para si, com toda a sua beleza das pernas arqueadas como o aqueduto, dos cabelos loiros dos rodapés das casas, e a fervilhar de vontade de ter de volta a vivacidade que a caracterizou durante anos.

ÉvorAgir


ÉvorAgir Porquê?
Porque sim!
Porque não!
Por tudo!
Por nada!
Para melhorar!
Para andar!
Para mudar!
Para construir!

ÉvorAgir quem?
Todos!
Mais alguns!
E outros tantos!

ÉvorAgir quando?
Já!
Ontem!
Amanhã!

ÉvorAgir como?
Reagindo!
Connosco!

Evoragir@Gmail.com



(...)
A formiga no carreiro
Vinha em sentido diferente
Caiu à rua
No meio de toda a gente
Buliu buliu abriu as gâmbias
Para trepar às varandas
E de cima duma delas
Virou-se prò formigueiro
Mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro
(...)
José Afonso

Formigas

"Formiguinha ao trabalho..."